Durante o intervalo do colégio, seu amigo aparece com um Iphone e te diz: __ Saca só o jogo que eu inventei. É baseado na guerra entre os militares e os traficantes do Rio de Janeiro, lá no complexo do Alemão. Você pode escolher entre jogar como soldado ou como bandido. Nas fases de tiroteio, toque na tela para mirar e atirar. Nas fases de perseguição de carro, segure o Iphone como se fosse um volante e vire-o para fazer as curvas. O sensor de movimento cuidará do resto. Impressionado com isto, você lhe pergunta "como conseguiu fazer isto?", ao que ele responde: __ Programei tudo com linguagem C++. Foi difícil desenhar os gráficos, então pedi a uma colega que os desenhasse pra mim. Ela é fera em pixel art. Demorou um pouco, mas agora tá concluído. Vou exibí-lo no Fanzinecon do próximo Anime Friends. Será sensacional! Uma cena meio improvável, hein?! Não é qualquer um que sabe programar em C++. E quem sabe, não tem interesse em dedicar seu tempo livre ao desenvolvimento de um jogo independente. Segundo se entende, é esforço jogado fora. No Japão, por outro lado, essa atividade parece tão comum quanto anunciar "montei um perfil no Orkut e estou jogando Colheita Feliz com meus contatos" (credo... não há decadência maior do que se entregar a uma rede social ¬¬'). As vezes, tenho a impressão de que "Programação Básica" é matéria obrigatória nos colégios japoneses: muitos dos dojin games produzidos por lá são feitos por jovens colegiais. Enquanto mandamos BuddyPokes alegrinhos para nossos colegas, eles estão programando as variáveis dos seus próximos lançamentos. É uma atividade desempenhada há muito tempo e que se expandiu ainda mais com a vinda da série Touhou (tal qual foi mencionado num post anterior). Com seus hábitos individualistas e dedicação apaixonada, ZUN provou que é possível gerar entretenimento de qualidade e bom gosto, mesmo estando sozinho e tendo verba limitada. Provou que o talento supera as produções milionárias, inspirando uma geração inteira a produzir seus próprios trabalhos. Entre estes "iluminados" estão os integrantes do grupo Frontier Aja, responsáveis pelo dojin game Koumajou Densetsu: Scarlet Symphony, lançado na 76° Comiket, em agosto de 2009. É baseado nos personagens de Embodiment of Scarlet Devil (o 6° jogo da série Touhou) e tem jogabilidade semelhante a de Castlevania. Nele, Gensokyo é coberta novamente por uma névoa vermelha. Reimu desconfia que Remilia Scarlet está aprontando outra vez, e decide procurá-la em sua mansão, a Scarlet Devil Mansion, para resolver o problema. ________________________________________Deste ponto em diante, você assume o comando. Movendo as engrenagens Usando as setas para correr e se agachar, X para atacar e Z para pular, seu dever é conduzir a sacerdotisa pelas florestas, corredores e salões da mansão de Remilia, saltando buracos, derrotando yokais, coletando power-ups e enfrentando chefões casca-grossas no final de cada fase. Chefões estes que são velhos conhecidos de Reimu, pois infernizaram sua vida ao longo de Embodiment of Scarlet Devil: Cirno, Hong Meiling, Patchouli Knowledge e Sakuya "Mega-Apelona" Izayoi. Marisa Kirisami, eterna aliada, junta-se a Reimu no final da 1° fase. Mas não atua como personagem jogável, e sim como um ataque especial. Quando Cirno é derrotada, também se junta à dupla, somando mais um ataque especial, igual a Marisa. Estes ataques são acionados com a tecla C. ________________________________________ Serviço bem feito Os gráficos são bem desenhados e a animação dos personagens é de encher os olhos. É muito gostoso acompanhar o movimento das roupas de Reimu enquanto ela corre, pula e voa. Especialmente quando voa: a ilusão de tecido ao vento é graciosa e fluída. A trilha sonora são temas remixados de Castlevania e Touhou. Agradam aos ouvidos e não cansam. Os efeitos sonoros adicionam mais impacto à ação e nunca soam grotescos ou fora de lugar. E os diálogos entre Reimu e os chefões, apresentados antes e depois das batalhas, além de aprofundar a história, também exibem ilustrações "dark" de cada dialogante, reforçando o ar semi-gótico do jogo. Merecem um artbook só pra eles ^^ (na verdade, talvez tenham o_õ) ________________________________________ Teste seus limites As últimas fases exigem muita paciência e perseverança, pois são tão difíceis quanto os últimos estágios de Ninja Gaiden (o primeiro da trilogia 8-Bits... ôoh, foi um inferno passar esses estágios ù_ú). Você será obrigado a enfrentar novamente todos os chefões e passará por maus bocados nas mãos de Remilia. Então, após vencê-la, ficará a pergunta: a névoa vermelha desaparecerá mesmo? E se não desaparecer? O que Reimu fará? Deixarei vocês descobrirem a resposta, pois existem mais surpresas após a batalha contra Remilia. Surpresas infernais, diga-se de passagem. Mwa ha ha ò_ó ________________________________________ Download °É necessário ter o pacote de língua japonesa instalado em seu Windows. Caso contrário, o jogo não funcionará. °Use o DAEMON TOOLS LITE para instalar o jogo. Caso contrário, não funcionará.
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Categories: dojin soft, download, frontier aja, TouhouProject
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4 Response to Castlevania feminino. Nada de Drácula ou Belmonts.
Bora lá né =/
Demorou mais de 10 anos,mas agora acho que...vira modinha >_>
ONDE ACHO A MÚSICA DESTE CASTLEVANIA ( ACHEI MUITO FODA A MÚSICA) RSRSRSR....
link quebrado!! esse jogo é muito loko, por favor se puderem deem uma olhada no link, ok...Obrigado!!
O link tá quebrado...gostei o jogo e quero muito ele
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