sábado, 1 de maio de 2010

5º Capitulo : O Beijo...

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5º CAPITULO

Voltamos para o apartamento e a Caroline arrumava seu shampoo, toalha, roupa e outros pertences em sua mala. Usava um vestido amarelo, com seus cabelos molhados pingando sobre seu corpo.

Assim que nos viu, Caroline abriu um sorriso e veio ate nós:

- Oi Belinda! A gente nem pôde se falar direito... Eu queria tanto te conhecer. Porque o Tom não parava de falar com você em só instante. – ela disse sorrindo

Respondi com um sorriso fraco, e Tom deu um sorriso que fez com que os olhos de Caroline brilhassem e meu coração se apertasse.

- Porque estão molhados? – ela perguntou

- Está chovendo lá fora, e estávamos lá fora – respondi como se fosse a coisa mais obvia do mundo. Mas eu estava tentando ser simpática... Isso é importante para o Tom, não é?

- Ah sim... Claro... – ela respondeu sorrindo timidamente.

- Eu vou tomar um banho... Estou deprimente! Você na merecia me ver com esse moicano baixo, e... Cara, Eu estou horrível!

- Ah Tom... Impossível você estar deprimente. Ainda assim, continua lindo. – Caroline respondeu

Olhei para o Tom e percebi que ele corou. Minhas bochechas também ficaram igualmente vermelhas, só que, ao contrário dele, o meu rubor era causado pela a raiva e os ciúmes.

Eu estou tentando ser legal com está Caroline, mas com ela dando em cima do Tom na minha frente, fica um pouco complicado.

- Obrigado, eu... er... Deixarei vocês se conhecerem, ok?

- Adorarei conhecer sua irmã

- Belinda também adorará te conhecer, não é? – o Tom me perguntou

- Claro, claro... – respondi dando de ombros.

Ele saiu e deixou na sala: eu, Caroline, e o silencio constrangedor.

Ela ainda sorria. Como conseguia ficar assim por tanto tempo? Suas bochechas devem ficar doloridas no fim do dia.

- Então, Belinda... O Tom me disse que você é fã de Green Day, né?!

- Claro que disse. Aliás, foi por isso que vocês se conheceram, não foi mesmo?!

- Exatamente! Ele já deve ter contado a historia, certo?!

- Contou... Pois bem, eu quero ver a camiseta – disse, dando dois passos em sua direção.

- Você vai ver, mas o Tom que quer te entregar.

- Hm... sei...

- Trouxe um presente pra você! – ela disse alegre, correndo saltitante ate a sua mala.

- Presente? Pra mim?

- Sim. Aqui está – ela respondeu me entregando um pequeno embrulho lilás, amarrado com uma fita branca, que formava um belo laço

Cuidadosamente puxei a ponta da fita e o embrulho se desfez. Era um ursinho branco, vestido com uma camiseta vermelha, tendo o nome e símbolo do Green Day bordado em uma linha degradê que de preto ia clareando ate chegar a um cinza claro e por ultimo terminava em branco.

- Foi... Foi você quem fez? – perguntei

- Sim!

Isso fez com que eu me sentisse culpada, envergonhada, estúpida, uma completa idiota!

Ela estava sendo legal comigo. Estava tentando criar uma amizade entre nós e, no entanto, eu já havia transformando-a em minha pior inimiga. O que foi uma ignorância de minha parte. Porque ela não é culpada por eu ser apaixonada pelo o meu irmão.

Talvez, tentar criar uma amizade com a Caroline, não seja tão ruim assim. E talvez seja ate bom que o Tom e a Caroline namorem, porque quem sabe assim, eu o vendo com outra pessoa, eu não aprendo a vê-lo apenas como um irmão.

- Obrigada – agradeci

- De nada – ela respondeu, me abraçando

Correspondi ao seu abraço e nem de longe ela parecia ser uma serial killer.

Me sentei no sofá e olhei mais uma vez para o ursinho e então perguntei:

- Aonde aprendeu a bordar?

- Meus pais são donos de uma multinacional e eu sempre fui criada por babás. E dentre uma delas, teve uma que me ensinou a bordar quando eu já estava com 14 anos. Eu bordo por hobbie e ainda ganho um dinheiro com isso.

- Ah!

- E então? Já estão se dando bem? – Tom apareceu vestindo uma roupa simples, enquanto secava seus cabelos na toalha.

- É, acho que eu e a Belinda seremos ser grande amigas. – Caroline respondeu

- Sério? – Tom perguntou surpreso

- É, acho que sim – respondi

Tom sorriu e se sentou no braço do sofá, ao meu lado. Alisou meus cabelos e deu um beijo na minha cabeça.

- Viu? Eu disse que você iam se dar bem – ele disse.

- É... Tom, e a camiseta? – perguntei

- Ah sim, claro. Caroline você trouxe, não é?

- Sim eu trouxe. – ela se levantou e foi ate a mala, trazendo uma caixa dentro de uma sacola toda branca. – Aqui está – ela entregou a ele.

- Caroline, você se importa de ficar sozinha por um tempo? – Tom perguntou

- Não. Por mim, tudo bem. – ela respondeu.

Tom assentiu com um sorriso, me pegou pela a mão e me levou ate o quarto.

Assim que entramos no quarto ele fechou a porta e o meu coração se acelerou. Pensamentos insanos dominaram minha mente.

- Eu comprei essa blusa, não pra você usar, apenas para guardá-la como recordação. Não quero que você se esqueça de mim nunca.

- Ah Tom, sempre estaremos juntos. Nunca me esquecerei de você

- É eu sei. Mas eu quero que você tenha algo especialmente meu para você.

Ele se sentou em sua cama com as pernas cruzadas como chinês, e pôs a caixa na sua frente.

- Vem, senta aqui – ele disse, batendo no lugar à sua frente

Me sentei de frente para ele e com as pernas cruzadas como chinês também. Tom sorria como uma criança. Olhou em meus olhos e desfez o nó feito com linha de nylon e então tirou a caixa de dentro da embalagem toda branca.

A caixa era de madeira e pintada de amarelo, tendo pinceladas em azul. O azul era pintando como se parecesse ondas que quebravam no mar.

- Sei que azul e amarelo são suas cores preferidas.

- É lindo. – disse, como se falasse para mim mesma, ainda encarando a caixa à minha frente.

Olhei para ele e sorri como ele sorria quando seus olhos encontravam os meus.

Abri a caixa cuidadosamente, e bem dobrada estava a camiseta. A camiseta estava dobrada, ficando ajustada com o tamanho da caixa, e não era preciso tirá-la de lá para ver a estampa.

Era uma foto nossa onde ele me empurrava em um balanço. Lembro-me perfeitamente desse dia, lembro-me ate que ele havia pedido a um estranho para tirarem a foto.

Era antiga, pois o Tom ainda tinha o cabelo grande até os ombros, e eu ainda não havia pintado o cabelo de preto, ainda era dourados. Mas era a minha foto preferida, pois ela tinha um significado pra mim, já que foi naquele dia que havia tido a certeza que o amor que eu sentia pelo o Tom ia além do fraternal.

No canto superior da foto vinha bordado em amarelo: "Tom & Belinda. Für immer!" e mais abaixo vinha um trecho de uma música conhecida:

[..] As my memory rests

But never forgets what I lost

Wake me up when september ends

Summer has come and passed

The innocent can never last

Wake me up when september ends[..]


Wake me up when september ends -Green Day

Eu passava horas ouvindo "Wake me up when september ends" porque essa música é os meus sentimentos ditos em melodia. Parecia ter sido escrita por mim, baseada em mim. Como se explicasse para mim tudo que eu sinto, é como se fizesse aceitar esse sentimento. E foi isso que me fez virar fã de Green day. Porque cada música me tocava de alguma forma

Uma lágrima rolou sem permissão de meus olhos e tratei logo de enxugá-la discretamente com as pontas dos dedos.

- Sei o quanto você gosta dessa foto, e o quanto você ama essa música. E eu mandei fazer essa camiseta, não para usá-la em si, e sim para guardá-la como um porta-retrato. Eu queria ser diferente e... Ei, você está chorando?! – o Tom disse a última frase erguendo meu queixo com seus dedos longos

Coloquei a caixa no meu lado, e fiquei de joelho na cama. Fui ate o Tom e o abracei, deixando nossos corpos o mais próximos possível. Deitei meu rosto sem seu ombro, e inalei seu perfume masculino, o quanto eu adorava aquilo. Minha respiração o tanto quanto ofegante batia na sua pele do pescoço fazendo os pêlos da sua nuca se eriçar. Seu cheiro continuava a me embriagar, e fechei os olhos para deixar a minha droga favorita agir em mim, deixando-me louca e tonta de amor. Um amor proibido, do qual eu nunca poderia sentir o verdadeiro sabor... Mas eu precisava. Meu corpo clamava por aquilo, apenas um beijo. Eu só queria sentir o seu sabor por um instante, sentir seu coração no mesmo compasso que o meu, fazendo minha respiração virar um ofegar intenso. Queria poder amá-lo como mulher, e não como irmã.

- Eu te amo tanto – disse deixando outra lágrima rolar

- Eu também... – ele respondeu, afagando meus cabelos.

Por impulso lhe beijei o pescoço, e logo pude sentir as mãos do Tom se apertar em minha cintura. Tracei o contorno de sua clavícula com a ponta do nariz, inalando todo o seu cheiro viciante, me deixando cada vez mais fora de mim.

Deixei de abraçá-lo, entrelacei seu pescoço com meus braços e prendi seu cabelo em meus dedos. Afastei um pouco para vê-lo, e seus olhos estavam semicerrados encarando os meus. Suas mãos estavam por debaixo da minha blusa, segurando minha cintura com força. Sua boca entreaberta mostrava sua respiração um pouco ofegante, como a minha. Seu hálito foi o suficiente para me desligar por completo.

Logo me vi mordendo seu queixo e dando leve chupões. Umas de suas mãos subiam e desciam com as pontas dos dedos pela as minhas costas, criando arrepios na minha pele. Não resisti mais um segundo, e de seu queixo meus lábios alcançaram os seus.

De um beijo inocente, o que era apenas um selinho, havia se tornado algo fervoroso. A boca de Tom tinha se entreaberto, dando espaço para um beijo intenso. Seu piercing tocando minha língua me fazia estremecer. Uma de suas mãos segurava delicadamente meu rosto, enquanto a outra girava em meus cabelos. E as minhas mãos eu não sabia onde colocar; estavam trêmulas. Aquilo era muito mais do que eu imaginei.

Seu sabor, seu doce sabor. Não se comparava a nada do que eu imaginei, aquilo era surreal. Eu não conseguia pensar em absolutamente, nada. Minha mente tinha se fechado, e a única coisa que eu conseguia processar era que eu realmente estava beijando-o.

- Pare... – o Tom parou o beijo vagarosamente, colando sua testa na minha.

- Por quê? – perguntei tentando voltar a beijá-lo, mas ele se esquivou

- O que nós estamos fazendo?

- Não sei... Apenas... Continue! – disse segurando seu rosto em minhas mãos.

- Belinda, isso é doentio. É contra tudo, é.... Completamente imoral.

- Love is nature. So you're breaking with tradition, in this godforsaken land cantarolei no seu ouvido.

- Belinda, pára… Por que você está fazendo isso? Não podemos.

- Por que não? – perguntei me afastando dele.

- Você sabia que poderíamos ser presos por isso?! Isso é errado, doentio, absurdo, impossível, anormal, isso é... – ele disse cada palavra como se falasse para si mesmo, e depois se escondeu em suas mãos.

- Me desculpe por lhe amar. Eu não queria te amar assim... Eu juro que não queria – disse me encolhendo. Do outro lado da cama.

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Espero que Gostem.. Proximo Capitulo vai ser Hot (6~

Beeijos.. \o

A Radio que vai dominar o meu, o seu, o nosso mundO!

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