4º CAPITULO
- Oi Belinda! – a garota de cabelos ruivos e enrolados. Pele albina, e olhos verdes contrastando. Cumprimentou-me.
Não respondi.
Tom olhou pra mim seriamente. Eu devia estar com os olhos inchados e vermelhos de tanto chorar.
- Caroline, eu posso conversar com a minha irmã a sós?
- Claro Tom! Er... Onde fica o banheiro? – ela perguntou
- No final do corredor.
- Ah, sim, obrigada! Vou tomar um banho, ok?
- Tudo bem... – Tom respondeu com um sorriso cansado.
Ela se retirou do quarto e junto, levou a sua mala. Estávamos no nosso quarto. Só eu e o Tom. Ele fechou a porta com a chave e continuou de costas pra mim, apoiando seu corpo com os braços na porta.
Como eu queria abraçá-lo e, além disso, beijá-lo... Queria que ele estivesse afagando toda a minha tristeza. Tristeza essa, causada por ele.
- Por que você está fazendo isso? – ele perguntou, se virando pra mim.
"Porque eu te amo e te quero só pra mim" – respondi em pensamentos.
Ele ficou parando, encostado na porta, esperando por uma resposta. Sua expressão era séria e aborrecida.
Às vezes eu me pergunto se o Tom realmente não sabe que eu o amo. Mas, se não sabe, não sou eu que vou contar.
- Escute isso – respondi
Ficamos em silêncio e o único som que se ouvia era o do chuveiro.
Tom deu um suspiro pesado, e eu disse:
- Tem uma estranha tomando banho no nosso banheiro!
- Ela não é uma estranha.
- Ah, não?! E você a conheceu onde? De uma página da internet. Grande coisa!
- Você traz as suas amigas pra cá e eu não falo nada. Agora, quando eu trago a Carol, você faz essa palhaçada toda.
- Carol, é? Já está nessa intimidade toda?
- Sim! Algum problema?
Já podia sentir as lágrimas voltarem a inundar meus olhos.
- Ok, Tom! Na verdade, eu nem sei o que estou fazendo aqui, não é mesmo? A casa é sua, então, se você quiser convidar uma estranha que pode ser uma serial killer para a sua casa, ok! Eu não tenho nada haver com isso – respondi sem dar uma única pausa. Acabei a frase sem fôlego.
Abri a porta do quarto com certa dificuldade, e em seguida fui direto para a porta da rua. Indo embora. Eu podia ouvir os passos do Tom vindo atrás de mim, e então comecei a andar mais rápido.
Chovia de forma exagerada, mas isso não me impedia de continuar andando sem rumo, e o Tom me seguindo.
- Belinda, espere! – ele gritou
Eu queria continuar andando rápido, ignorando-o, mas aquela voz parecia ter um poder sobre mim. Minhas pernas começaram a pesar e eu fui diminuindo minha velocidade lentamente.
Ele me alcançou e me pegou pelo o braço, virando-me para ele.
Seu moicano estava baixo por causa da chuva. E a chuva conseguia deixar suas roupas ainda mais coladas ao corpo, assim como deixava as minhas. Além disso, a chuva também deixava nossos corpos ainda mais unidos.
Ele enlaçou minha cintura com seus braços finos e longos, e por impulso abracei seu pescoço.
O desejo e a razão brigavam dentro de mim e em consequência as lágrimas rolavam desesperadamente.
- Eu te amo – sussurrei
- Eu também...
- Mas você não entende... Nunca vai entender.
- Se está falando da Caroline, bem... Tente conhecê-la Belinda e...
- Tom! – o interrompi – Por que você teve que falar dela, hein?!
- Mas... Eu pensei que... Pensei que estava falando dela.
- Não seu idiota – respondi, me largando dele, com estupidez.
- O que então? – o Tom perguntou se aproximando de mim
Ele me olhou por um longo tempo e eu continuei a fitar as gotas de chuva que deslizavam pela as folhas das plantas, à minha frente.
Ate que então, ele se sentou ao meu lado e pegou uma de minhas mãos, entrelaçando a sua na minha, e deitou sua cabeça em meu ombro.
- Nunca irei te deixar. Eu te amo e, além disso, você é minha irmã. – ele respondeu
A palavra "irmã" doeu mais que mil facas. Por quê? Por que irmã? Isso é algum tipo de carma? Ou algo do gênero?
As lágrimas desceram quentes por meu rosto, e a chuva levava as lágrimas com ela. É tão angustiante amar o que não se pode ter. Eu tenho que dar um jeito, nem que eu tenha que arrancar meu coração, eu tenho que deixar de amar o impossível. E não é questão de querer, é de não poder.
- Sabe, a Caroline é uma pessoa legal. Se você der uma chance pra ela te mostrar... – ele disse olhando para mim e sorrindo. – Vocês poderiam se tornar amigas.
- Isso nunca vai acontecer... – respondi baixo
- Ah Belinda, por quê? Ela é legal...
- o que você sente por ela?
- Ah, eu gosto bastante dela. Já te disse que ela é fã de Green Day igual a você? E outro, eu conheci ela por sua causa.
- Minha causa?
- Aham... Estava procurando um lugar onde borda camisetas, porque eu ia mandar fazer uma camiseta para você, bordado o refrão de uma música do Green Day. Ai, eu a conheci em um anuncio de um site. Ela borda camisetas. Eu me comunicava pelo o computador com ela para saber como estava indo a camiseta, e então, nós dois começamos a nos comunicar melhor e acabamos virando amigos.
- Ah ta... E onde está a camiseta?
- Em casa com a Caroline. Agora, vem, vamos para casa. – ele respondeu se levantando e estendo a mão para me ajudar a levantar.
Peguei em sua mão e me levantei. Ele me abraçou, me guiando para casa.
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Espero que gostem!
Beeijos
Jaa nee! \o\
3 Response to 4º Capitulo : A Camiseta..
amaaando (ll. -juro.
*---* mt fodaaa! o/
amaaando (ll [2]
*-*
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