- Tom, vamos assistir um filme? – perguntei
- Mais tarde Belinda, agora não dá – ele respondeu sem nem olhar para mim, sem nem ao menos se dar ao trabalho de parar de digitar
- Tom, já é a décima vez em uma semana que você me dá a mesma desculpa. Você esta me evitando? Quer que eu vá embora? Tudo bem, diz. Só não me ignore. Eu volto para a casa dos nossos pais.
Ele não respondeu. Ficou parado encarando a tela de seu notebook.
Já eram 3 meses dessa tortura. Tom chegava da faculdade e ia direto pro computador, acordava de manhã e ia direto pro computador. Ele só saia dali para ir a banheiro, porque nem parar para comer ele parava.
Cada dia que eu o via assim, eu chorava trancada no banheiro lembrando o nosso último momento juntos naquele café da manhã. O último momento antes do Tom se transformar nesse estranho.
E a cada vez eu me odiava por ainda amá-lo. Mas parecia que a cada dia meu amor aumentava mais e mais.
- Tom responda! – gritei, sentindo as lágrimas descerem quentes pelo o meu rosto
Ele fechou o notebook, se levantou e veio ate mim. Me aninhou em seus braços e minhas mãos estavam fechadas em punho sobre seu peito, como se eu quisesse empurrá-lo, mas eu não tinha força para fazer isso.
Minhas lágrimas molhavam toda a sua camiseta e ele acariciava meus cabelos enquanto sussurrava um "shhhhh"
Tom me levou ate o sofá e me deitou com a cabeça em seu colo, ainda acariciando meus cabelos. Quando meu choro cessou o Tom disse:
- Me desculpe...
- Por que fez isso comigo?
- Não foi minha intenção te magoar. Nem passou pela a minha cabeça que eu estivesse fazendo isso. Tantas vezes você disse para eu aprender a viver sem você... Não pensei que sentiria a minha falta.
Levantei-me de seu colo e o encarei desnorteada por ter escutado tal palavras. Eu via meu reflexo através de seus olhos castanhos em um tom de avelã e eu ainda tentava entender como ele pôde ter pensando que eu não sentiria falta dele? Como pôde ter pensando que eu queria que ele aprendesse a viver sem mim?
Me sentei em seu colo, encaixando minhas pernas em sua cintura e peguei seu rosto em minhas mãos, obrigando-o a olhar em meus olhos.
- Você não entende, não é mesmo? Como pôde ter passado pela a sua cabeça que eu não sentiria a sua falta? Tom, você é a pessoa que eu mais amo no mundo. Aliás, eu sou a mais velha aqui, é meu dever cuidar de você, e você não pode aprender a viver sem mim.
- Eu não sei... Me desculpe. Belinda eu... Eu amo você! – Tom respondeu beijando a minha testa, a ponta do nariz e parando a centímetros de minha boca.
Seus olhos estavam frente a frente com meus, eu podia-me ver dentro deles, mergulhar se fosse possível. Por vez ele olhava minha boca entreaberta e eu entrelacei meus dedos em seu cabelo, segurando-o com força. Como se quisesse mantê-lo eternamente ali; meu prisioneiro.
Tom deslizou seus lábios pelo os meus por um mero instante ate chegar ao meu queixo, beijando-o demoradamente.
O tempo todo eu estava com os olhos fechados, apreciando cada instante. Com medo de acordar, medo que isso não estivesse acontecendo, medo que eu estivesse novamente sonhando...
- Eu te amo mais que tudo! – eu disse, abrindo cuidadosamente os olhos. E era realmente verdade.
Deitei meu rosto em seu ombro e ele beijava minha cabeça. Ainda assim, eu perguntei:
- Tom, porque você fez isso?
- Er... Belinda olha pra mim
Olhei para ele, e Tom acariciou meu rosto, colocando meu cabelo atrás da orelha e com uma expressão um pouco alegre, ele respondeu:
- Não é nada certo, ok?! Mas eu prometo que daqui a um tempo, quando tudo estiver certo, lhe contarei. Tudo bem?
- Lógico que não está tudo bem! Pensei que você confiasse em mim...
- Eu confio Belinda. Só não quero me precipitar... Irei te contar.
Fiquei em silêncio, olhando-o minuciosamente. Ate que saí de cima dele e me deitei no sofá, com a cabeça em seu colo. Fechei os olhos enquanto sentia suas unhas acariciarem delicadamente meu braço e relembrando o que tinha acabado de acontecer.
Sentir seus lábios tão perto dos meus. Sua respiração quase que ofegante, no mesmo compasso que a minha. Sentir delicadamente suas unhas cravadas de leve na minha cintura. E por fim sentir seu beijo tão próximo de meus lábios.
Por que ele fez isso? Será que...? Belinda, não pense besteira. Ele não é um doente como você!
- Belinda... – ele me chamou
- Fala Tom – me levantei de seu colo
Seus olhos tinham um brilho contagiante. Era de um castanho líquido intenso. Perfeito!
- Vamos assistir a um filme? – ele propôs
Tom sorria como uma criança que tinha acabado de ganhar um doce. Dentes brancos em uma linha perfeita, mas eu gostava de seus dentes irregulares.
Toquei uma de suas bochechas e disse:
- Sinto falta dos dentes tortinhos. Gostava mais deles.
- Só você, não é?
Não respondi. Continuei a observar seu rosto minuciosamente. Por mim, passaria horas assim, não me importaria.
- Vamos? – ele perguntou, segurando a minha mão.
- Claro, mas antes... Promete que nunca mais vai fazer isso? Nunca mais vai me esquecer?
- Eu nunca te esqueci...
- Promete!
- Eu prometo meu amor
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Está ai , espero que gostem!
Beeijos
Jaa ne
\o
2 Response to 2º Capitulo : Mudanças
Waa *O*
Curiosidade, Nhaai, tava pensando no que
ele estaria fazendo no pc, hmm,
quero o próximo capitulo, comofas? *-*
Uhm! Ficou muito bom... vou ficar acompanhando esse fanfic e acabando sendo fanatico por ele.. hehe, gostei muito, continue assim!
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